Olá Viajantes,
Joanesburgo, é a maior cidade sul-africana. Seus habitantes chamam a cidade por Joburg. Urbana, moderna, agitada, com muita história pra contar e vários passeios pela Africa do Sul, que partem de lá. Foi a corrida pelo ouro há cerca de 130 anos que ajudou a cidade à se tornar esse grande centro urbano que é hoje.
A cidade tem avenidas largas, edifícios altos e modernos. Durante os anos passou por mudanças importantes para a África do Sul e para o mundo. O Apartheid, o regime de segregação racial que vigorou por quase 50 anos é algo que a humanidade não pode esquecer.
Joanesburgo tem o aeroporto mais movimentado da África. Vindo do Brasil é possível ir direto de Guarulhos. No nosso caso estávamos na Cidade do Cabo e fomos de avião. São 1264 Km, a duração do voo é de 2 horas e 13 minutos.
Quem preferir fazer o percurso de carro, uma boa opção é o site: www.rentcars.com. Com ele é possível encontrar excelentes valores e pagando ainda no Brasil em reais, ficando livre do IOF. Lembrando que as paisagens são lindas e a mão é inglesa. No entanto andar de carro em Joanesburgo é bem complicado. Trânsito caótico e os estacionamentos caros.
Para sair do aeroporto é possivel se deslocar pelo Gautrain, uma das heranças da Copa do Mundo de 2010. Um trem muito bom que circula por alguns bairros e que vai de Joanesburgo a Pretória. Como já era depois das 22:00, resolvemos ir de táxi. O Uber também funciona muito bem. Tem também um ônibus que faz o percurso do aeroporto à alguns hotéis.
Resolvemos andar pela cidade com o Ônibus City Sightseeing (Hop On – Hop Off), aquele ônibus turístico de dois andares. Já havíamos usado na Cidade do Cabo e deu muito certo. Particularmente prefiro andar de transporte urbano. Mas, Joanesburgo não é uma cidade muito segura. Nada muito diferente das cidades grandes do Brasil. A empresa que opera o ônibus City Sightseeing também tem uma segunda opção de roteiro feita em um carro menor para conhecer o distrito de Soweto. O site é:https://www.citysightseeing.co.za/en/joburg
Nossa primeira parada foi em um mirante, que tem uma bela vista da cidade e de suas árvores floridas. Essas árvores foram todas plantadas, não é da região da África e sim da América do Sul. Joanesburgo é um destino urbano, com muitos restaurantes, shoppings e passeios pelos arredores da cidade. Não requer muitos dias, bastam três ou quatro para conhecer seus principais pontos turísticos.
Joanesburgo é uma daquelas cidades que representam muito bem a história do país. Possui uma mistura de sabores, línguas (são 11 idiomas oficiais), etnias, credos, etc. Estar ali neste país que a pouco tempo teve uma história tão drástica é mesmo emocionante.
Com a descoberta do ouro a cidade cresceu muito. Mineradores da América do Norte e Europa chegaram à cidade. O governo britânico passou a controlar as áreas de extração. Foi instituído um sistema racial. Onde os negros seriam severamente barrados na contratação de trabalhos não braçais. Era o inicio do Apartheid. Eles não podiam frequentar os parques da cidade. Esse da foto acima é um dos que era só para os brancos. Felizmente isso tudo acabou em 1994.
Muitos que desembarcam na cidade estão de passagem e perdem a oportunidade de conhecer uma cidade dinâmica e com um povo alegre. Isso se dá porque os arredores da cidade são repletos de atrações como: cavernas, cidades históricas, savanas, canyons, safari , vinícolas e muito mais.
Segunda parada e conexão com o outro ônibus que nos levaria para os pontos mais centrais da cidade, Constitution Hill. local que abriga a Corte Constitucional, a mais alta corte judiciária do país e Complexo Old Fort Prison, uma prisão que abrigou muitos presos antes do início da democracia na África do Sul.
É possível entrar na sala da Corte Constitucional e no interior da prisão. Vejam onde Mahatma Gandhi e Nelson Mandela foram presos. Entenda como é a vida em uma cela, o confinamento solitário durante o regime do Apartheid. Para isso é necessário adquirir os tickets, podem ser adquiridos na hora. https://www.constitutionhill.org.za
A entrada no tribunal é gratuita, é um enorme complexo, situado no alto de uma colina. Várias placas aludem à dureza que era ficar preso ali, da tortura a que os prisioneiros eram submetidos. O pátio tem também várias atrações, como essa estátua gigante. O passeio dura em média 1 a 2 horas.
No Complexo tem também a prisão feminina e que também é paga para entrar. Lá do alto dá para ver um dos bairros da cidade.
A segurança no complexo era mesmo muito grande. Policiais e sentinelas por todo lado. Impossível fugir. Mas, o mais difícil de visitar é a parte onde se conta sobre as torturas.
Seguimos para o centro de Joanesburgo. É uma zona com poucos atrativos ,pobre, suja e insegura. Já foi o centro financeiro da cidade, hoje as grandes empresas foram transferidas para o bairro nobre do Sandton. Notamos alguns prédios invadidos e nosso guia nos disse que eram africanos vindos de outras regiões do continente.
Não é aconselhável andar pelo centro da cidade. Caso vá de carro é bom andar com os vidros fechados. Mas, isso para nós brasileiros não é nenhum fim de mundo. A cidade tem vida própria e as coisas acontecem por lá também.
Nosso objetivo seria conhecer o Carlton Centre, também conhecido como Top of Africa, o prédio mais alto do continente africano, com 50 andares e 222,5 metros de altura. No térreo há um shopping center com praça de alimentação ,não muito atraente. Os andares do prédio são ocupados em sua maioria por empresas, mas há muitas salas abandonadas.
O último andar do Carlton Centre é um mirante, onde é possível ter uma vista de 360 graus da cidade. Para chegar ao mirante é preciso comprar o ingresso numa bilheteria bem pequena, localizada junto à entrada dos elevadores. O ingresso é bem baratinho e o guia fica aguardando não deixando o turista perdido pelo centro da cidade. O visual do topo do prédio compensa a visita. Ao lado do Carlton Centre está o antigo Carlton Hotel, um hotel de 5 estrelas abandonado, assim como parece o centro da cidade.
Depois de andarmos por vários pontos da cidade, onde ela cresceu graças à exploração do ouro. Chegamos ao Gold Reef City é um complexo que abriga hotéis, restaurantes, cassino, um parque de diversões e até uma mina de ouro. O lugar merece passar um dia.
Hospedar-se em Gold Reef City é indicado para quem gosta de jogar, devido ao cassino. Se estiver com família, as crianças vão gostar muito dos brinquedos. Bem pertinho, praticamente em frente está a maior atração de Joanesburgo e a que eu mais gostei o Museu do Apartheid.
O Museu do Apartheid é parada obrigatória para qualquer turista. Estando lá dá para sentir como o Apartheid causou tantas dores à esse povo. Já na compra do ingresso, que não é caro, cerca de 25 reais e não precisa comprar com antecedência, já temos um impacto.
O ingresso que recebi estava escrito “entrada para brancos” e com isso define em qual porta deveria entrar. O outro ingresso estava escrito “entrada para não brancos” e caso a pessoa estiver com esse ingresso, deve entrar pela outra porta. As duas portas distintas baseadas na cor da pele é justamente para o visitante refletir.
O acervo do Museu é grande, com fotos, vídeos, painéis, objetos e muitas informações. Conta a história de pessoas comuns e de famosas, principalmente de Nelson Mandela. Além de contar essa triste história o Museu do Apartheid tem a função de conscientizar os visitantes contra a discriminação racial.
Reserve um bom tempo para poder ver tudo que tem no Museu. O ideal seria uma manhã. No nosso caso ficamos cerca de 2 horas. Não é permitido tirar fotos dentro do Museu, apenas nas áreas abertas.
Todos os ambientes são bem ilustrados com fotos painéis e vídeos muito bem colocados. Tem um vídeo contando como era a vida para os negros na época do Apartheid nos anos 80. Não tem como não se emocionar!! As cenas são muito fortes, foi muito sofrimento!!!
Nelson Mandela ganhou o Prêmio Nobel da Paz, mas penso que sua maior vitória foi se tornar presidente da África do Sul, justamente no final do Apartheid. Mandela também ficou preso durante 27 anos. Ele é muito amado no seu país e todos tem muito orgulho desse homem.
Apartheid em africâner, significa separação. Isso era a realidade desse povo. Tudo era separado: escolas, parques, cadeiras, ônibus, restaurantes e pasmem bairros inteiros. Que tristeza!! A dominação branca era minoria, no entanto eles agiam com crueldade e violência.
Durante o Apartheid, Nelson Mandela e outros líderes dos movimentos contra as injustiças raciais foram presos, muitos na Robben Island, que hoje é um dos pontos turísticos da Cidade do Cabo. Não tem como não admirar Nelson Mandela!! Ele realmente foi um herói. O Apartheid durou entre 1948 a 1994. E mesmo ele preso por 27 anos, continuou a sua luta pela igualdade racial.
Ao final da visita as pessoas pegam uma frase preferida de Nelson Mandela, coloca em uma das varetas disponíveis e de acordo com a cor adiciona às estruturas de metal que estão no caminho da saída do museu.
Mandela acreditava em um país livre onde todos tivessem as mesmas oportunidades de estudo, trabalho e direitos civis. Ele nunca incentivou o espírito de vingança ou ódio contra os brancos e sim apenas a igualdade. Antes de sairmos do Museu passamos por esses pavilhões com frases de efeito e a bandeira da África do Sul.
Após inúmeros protestos na África do Sul, o mundo também começou à olhar para o país e começaram as sanções econômicas, fazendo com que o Apartheid perdesse as forças. Não foi fácil e ainda hoje notamos vestígios desse sistema. Bairros praticamente de negros, restaurantes apenas com os brancos sendo clientes e os negros os funcionários, raríssimos casos de casamento misto.
No entanto fiquei feliz em ver várias escolas de crianças do ensino fundamental fazendo passeios aos museus, com bons uniformes, bem calçados e com transporte adequado. https://www.apartheidmuseum.org/ o museu fica fechado às segundas-feiras. No final tem uma lojinha, banheiros e uma cafeteria.
Enfim, depois de conhecer tanto sobre a história da África do Sul, fomos para a Nelson Mandela Square, um complexo onde há várias opções de entretenimento e hotéis, inclusive ficamos hospedados lá. O Sandton City é o maior shopping do continente africano. Na parte central está uma estátua enorme de Neson Mandela e ao redor bons restaurantes. É um local excelente para fazer compras ou passear.
SEGURANÇA
Os altos índices de violência em algumas cidades da África do Sul é algo que temos que estar atentos. É preciso tomar todos os cuidados que tomamos aqui no Brasil. Tenha ciência que não é aconselhável andar à noite em algumas regiões, principalmente no centro. Mas, garanto que isso não irá atrapalhar a viagem ao país, que é belíssimo!!
SEGURO
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Outro ponto que não pode faltar é o Soweto. A maior comunidade negra da África do Sul, 4 milhões de habitantes. Inicialmente era o bairro dos trabalhadores das minas de ouro. Com a segregação, passou a ser um bairro de negros. Nelson Mandela também viveu nesse bairro que hoje é um museu.
O QUE VISITAR EM JOANESBURGO
- Soweto
- Museu do Apartheid
- Casa de Nelson Mandela
- Museu Hector
- Zoológico
- Cassino
- Parques
- Mandela Square
- Sandton City
- Montecasino
- Gold Reef City
- Constitution Hill
- Lion Park
- Parque Pilanesberg
- Carlton Centre.
QUANDO IR A JOANESBURGO
O inverno é considerado a estação seca, com temperaturas amenas; o verão, ao contrário, é a estação chuvosa, com temperaturas altas. Como aqui no Brasil. No inverno não faz muito frio durante o dia, mas à noite esfria. Para quem vai fazer algum safári, o ideal é ir no inverno, porque no verão as chuvas são mais frequentes. No entanto, não é tão difícil fazer os passeios em qualquer época do ano.
ONDE SE HOSPEDAR EM JOANESBURGO
Na minha opinião o melhor lugar para se hospedar é em Sandton. Um bairro moderno, bonito e bem mais seguro que o centro da cidade. Ficamos hospedados no Hotel Signature Lux e pagamos cerca de 250 reais. Fizemos as reservas pelo Booking.com e deu tudo certinho. Faça você também através do nosso blog, isso não acarretará nada à mais em sua diárias e você encontrará excelentes ofertas.
Qualquer dúvida entre em contato com a gente. Será um prazer poder ajudar. luci@andiamoblogviagens.com.br Visite nossa página no Facebook: andiamo e nos siga no Instagram: andiamo_blog
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