CONEXÃO LONGA EM ADDIS ABABA – Etiópia

Addis Ababa ou Addis Abeba,

 

Addis Abeba , em amárico  “nova flor”,  é a extensa capital da Etiópia, nas montanhas que fazem fronteira com o Grande Vale do Rift, e é o centro de comércio e de cultura do país.  O nome mudou para Addis Ababa e tornou-se a capital da Etiópia quando Menelik II se tornou imperador da Etiópia. Uma das contribuições do Imperador Menelik que ainda são visíveis hoje é o plantio de numerosos eucaliptos ao longo das ruas da cidade.  A cidade cresceu de forma desordenada e possui cerca de 3 milhões de habitantes. É a sede da União Africana.

Sendo uma cidade multi-cultural, contem até 80 nacionalidades, várias línguas diferentes e religiões cristãs, muçulmanas e judias. Possui uma via férrea de 728 km, que liga a cidade ao mar e uma via asfáltica de 1200 km até o porto de Maçuá na Eritreia. Durante um curto período entre 1936 e 1941 os italianos dominaram a região trazendo uma relativa prosperidade.

O Aeroporto Internacional de Addis Ababa Bole serve a cidade e é a principal base de operações da Ethiopian Airlines. Uma  companhia aérea oficial da Etiópia, com voos diretos para a Ásia, Europa, América do Norte e do Sul. O site é: https://www.ethiopianairlines.com  A  Ethiopian Airline tem aumentado o número de destinos que voa e com escalas em Addis Ababa,  trazendo turistas para a cidade.

Nos informamos com a companhia aérea sobre vistos, custa USD 50. Se estiver em conexão, coisa que acontece com frequência, pois não tem voo diário para São Paulo, a companhia cuida do visto e da estadia.  Estávamos voltando do Japão e fomos presenteados com uma conexão de 24 horas na cidade. Valeu muito a pena!!

O bairro de Bole, onde fica o aeroporto, é também o que concentra o maior número de edifícios. Fica distante cerca de 17 km do centro da cidade. Assim que desembarcamos já tinha um transfer nos aguardando.

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Ficamos hospedados em um hotel 4 estrelas muito bom. Pago pela companhia aérea. Faça suas reservas pelo Booking.com através do nosso blog e nos ajude na divulgação. Isso não acarretará nada a mais em suas diárias.

Assim que deixamos nossas bagagens no hotel, descemos para a recepção para ver a melhor forma de nos locomover na cidade. O transporte público costuma ser lotado e não tem uma malha extensa, o melhor seria o táxi ou locação de carro.

Caso prefira fazer os percursos de carro ou queira se deslocar para locais mais distantes, uma boa solução é locar um carro. Faça isso pela Rentcars, e fique livre de pagar IOF, já que poderá pagar em reais no cartão de crédito.

Nosso objetivo principal era conhecer o Museu Nacional da Etiópia. Conseguimos um taxista que faria um city tour pela cidade por 50 dólares. Foi ótimo! Ele falava um pouco de inglês e acabamos nos comunicando muito bem.

O Museu Nacional fica próximo à Universidade de Addis Abeba.  No museu estão expostos  trabalhos de artistas locais, artigos arqueológicos e da realeza. Mas, o mais famoso com certeza é o fóssil da Lucy.

O Museu é bem seguro, com guardas por todo lado. Também não é para menos, imagine o valor dos artigos. No entanto, vimos muitas peças em condições precárias devido à pouca verba destinada ao lugar. Mesmo assim, foi um dos melhores museus que visitei pela sua importância na história da humanidade.

A história de Lucy remonta a mais de três milhões de anos atrás. Considerada por alguns cientistas como a “Mãe da Humanidade”, Lucy, um hominídeo do sexo feminino, foi descoberta em 1974.  Possui cerca de 40% dos ossos preservados. O nome dela foi uma homenagem à música “Lucy in the Sky with Diamonds” dos Beatles.

Seus ossos foram descobertos em 1974 na região de Afar (Etiópia), pelo paleontólogo americano Donald Johanson e sua equipe. Estudos divulgados em 2016 sugerem que Lucy morreu após cair de uma árvore.

Com mais de 3 milhões de anos  a descoberta animou os cientistas para um estudo mais detalhado sobre os ancestrais humanos. Por ser um esqueleto bem completo, comparado aos fragmentos que costumam ser encontrados, Lucy permitiu aos cientistas entender melhor os ancestrais humanos e estudar tamanho, forma e locomoção.

O Museu  ensina muito sobre o país, com sua extensa e fascinante coleção de artefatos históricos, e seu invejável conjunto de fósseis de hominídeos. A Pré-História da Etiópia se confunde com o surgimento da humanidade, pois é nessa região da África que se encontraram os fósseis dos primeiros humanos e seus ancestrais.

Até os anos 1960, acreditava-se que os Australopitecos tinham evoluído diretamente para os Homo e seriam, portanto, nossos ancestrais mais antigos. Entretanto, quando novos fósseis de hominídeos foram encontrados na África Oriental, conclui-se que Australopitecos e Homo conviveram, tendo se ramificado de um ancestral comum.

O museu segue nos pisos seguintes com vários artefactos arqueológicos provenientes sobretudo de  outras regiões da Etiópia. O primeiro piso é dedicado à arte etíope, principalmente à pintura e, no último, são expostos objectos do quotidiano, joalharia, armas, roupas e instrumentos musicais.

A entrada tem um custo simbólico de 10 Birrs. O Museu é pequeno e mal estruturado. o piso é de carpete, o que ocasiona um mau cheiro no ambiente. Não é permitido fotos com flash, o ambiente não tem boa iluminação.

Há muitos painéis que explicam a evolução de nossos ancestrais, paleontoatropológicos. Além disso, há uma boa coleção de ferramentas, objetos muito diferentes e fotografias antigas de diferentes tribos que povoam Etiópia.

É um bom lugar para passar  algumas  horas de aprendizagem sobre nós mesmos, sobre a África, sobre a Etiópia. Ah! A Lucy verdadeira está bem guardada, a do Museu é uma réplica.

No pátio do Museu Nacional fica um  restaurante chamado Lucy. O ambiente é bem diferente e atendimento bom. Diz o nosso taxista-guia que a comida é gostosa e com preços justos. Não fomos!!

O mundo tem a tendência de pensar na Etiópia como sendo um lugar árido e pobre. Isso ocorre devido à grande seca dos anos 80. Hoje em dia Addis Abeba está em desenvolvimento, com muitas obras em andamento.

Depois do Museu Nacional nos dirigimos a Catedral de São Jorge , uma catedral ortodoxa localizada  em uma praça que é uma confusão de pessoas, vendedores ambulantes, carros, poeira e  muito fiéis.  Esta catedral é conhecida pela sua distinta forma octogonal.

 

A Igreja de São Jorge, a mais antiga de Addis Ababa, foi fundada pelo imperador Menelik no final do século XIX, para comemorar a vitória dos etíopes sobre os italianos na Batalha de Adwa, que garantiu à Etiópia a distinção de ser o único país africano nunca diretamente colonizado por potências estrangeiras.

 

Tornou-se um local de peregrinação para os rastafáris.  A Catedral tem um museu, e um trono imperial está em exposição e várias obras de vitrais. O pátio da catedral é bem conservado e arborizado. Quando nós estávamos lá, estava tendo uma cerimonia e tivemos que aguardar o término para entrar.

Os imperadores que sucederam Menelik foram coroados nessa igreja, e por isso um museu adjacente, parte do complexo, conta a história desses monarcas. A igreja é bastante elegante por fora e possui belos afrescos por dentro, se bem que é  simples. Não é permitido entrar calçado. Éramos os únicos turistas.

Há uma taxa de 200 Birr por pessoa. Tome cuidado para não tirar fotos antes de pagar as taxas, caso contrário, você será multado ou solicitado a excluir as fotos. Como não tínhamos dinheiro em espécie, o nosso “guia” pagou e depois pagamos a ele em dólar.

O Museu é bem simples e não achei muito interessante. Exibe armamentos utilizados em guerras contra os italianos, espadas curvas, tridentes e capacetes gigantes feitas de crinas de leões. Muitas gravuras de São Jorge e de seus imperadores.

A igreja e a região é um lugar de encontro, lá é possível observar bem a cultura e as várias etnias da cidade. Mesmo para quem não vai entrar na igreja é importante visitar o local.

 

Ao caminhar pelas ruas de Addis Abeba, se encontrará os mais variados estilos arquitetônicos e uma mistura  cultural enorme. Sem falar na convivência pacífica entre muçulmanos e cristãos.

Próximo à Catedral de São Jorge está a famosa estátua equestre de Menelik II. Uma homenagem a vitória sobre os invasores italianos. Esse é o cara de Addis Abeba!!! Por todo lado ele é homenageado.

ONDE COMER EM ADDIS ABEBA

Se for comer ou fazer algumas comprinhas é melhor trocar dinheiro no aeroporto. Poucos locais aceitam cartão de crédito. Os caixas eletrônicos são poucos e nem sempre dá certo. Eles aceitam dólar em alguns lugares, mas com certeza a cotação é bem alta. Um prato famoso na cidade é o Injera com Wat. Uma espécie de pão feito à base de farinha de teff. Essa massa tipo uma panqueca é assada sobre uma placa de barro e sobre a Injera é colocado o Wat, que são carnes ou vegetais. Detalhe: Come-se com as mãos e é partilhado com todos da mesa.  O restaurante famoso  e que tem mais turistas é o Yod Abyssinia.

O café da Etiópia é considerado o melhor do mundo. Por todo lado se encontra pessoas tomando café ou comprando pacotes para levar.

A Etiópia é um dos únicos países africanos que não teve colonização, a Itália tentou mas ficou apenas cinco anos no país. Isso é motivo de muito orgulho pois a cultura etíope se manteve milenar.

O Monumento a Yekatit 12, é um dos locais mais bonitos da cidade. Também chamado de Monumento às Vitimas do Fascismo. Um memorial em forma de Obelisco erguido em 1955. Homenagem a  sangrenta repressão italiana que ocorreu em 1937.

Continuando nosso passeio, passamos pelo Addis Merkato. Uma grande área lotada de barraquinhas, lojinhas e pessoas. Nesse local se vende de tudo. É o maior mercado ao ar livre de toda a África. Nele é possível comprar ou vender de tudo. Fiquei impressionada com uma rua que só vendia caixões funerários. Todos bem coloridos. Não é um local muito atraente e também não aconselhável para ir sem um guia. Muita pobreza e pedintes nas ruas. Dizem que tem um outro mercado coberto e mais seguro para turistas. Não fomos!

Já no final do nosso passeio passamos por um cinema, o Wafa Cinema, impressiona pela simplicidade do prédio. Imagino como será as poltronas. Durante a noite, vários bairros ficaram sem luz. Da janela do nosso hotel foi possível observar a escuridão. Não arriscamos a sair à noite. Não sei se isso ocorre com frequência ou foi um fato isolado.

QUANDO IR A ADDIS ABABA

Faz calor o ano todo em Addis Ababa. Para fugir do período de chuvas, o ideal é visitar a cidade entre outubro e fevereiro. No entanto fomos em abril e pegamos frio e uma chuvinha fina. Mas, nada que atrapalhasse o passeio.

O QUE FAZER EM ADDIS ABABA

  • Mesquita Anwar
  • Museu Nacional da Etiópia
  • Catedral de São Jorge
  • Addis Merkato
  • monumento a Yekatit 12
  • Catedral da Santíssima Trindade
  • Museu em Homenagem aos Mártires do Terror Vermelho
  • Mausoléu do Imperador Menelik II
  • Museu Etnológico

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