Olá Viajantes,
Goiás Velho ou Cidade de Goiás, ou, simplesmente, Goiás. Foi a primeira capital do estado de Goiás, antes da atual capital, Goiânia. Localizada à 142 km de pista dupla até a capital e ao aeroporto mais próximo. Como a distância é curta, o ideal é mesmo ir de carro.
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Principais distâncias até a cidade de Goiás Velho
- Goiânia – 142 km
- Brasília – 316 km (caminho mais curto) ou 330 km (caminho que eu fiz)
- Caldas Novas – 336 km
- Belo Horizonte – 981 km
- São Paulo – 1072 km
Em 1682, as bandeiras de Bartolomeu Bueno da Silva acharam ouro próximo ao Rio Vermelho. Mas foi em 1729, que resolveram voltar à região para encontrar mais minas, fundando o Arraial de Sant’Anna, como era conhecida a cidade na época.
Após alguns anos, tornou-se Vila Boa de Goyaz, e passou a ter sua própria capitania a de Goyaz. Com isso trouxe muitas melhorias para a região. Hoje a região vive mais para a agropecuária. No entanto, seu centro histórico e suas tradições culturais são vivas.
Um pouco antes de chegar na cidade, ainda na Go-070, se encontra o Mirante de Goiás ou Mirante João José de Barros. Tudo muito limpo e organizado, tem uma rampa que não é cansativa até pessoas com alguma dificuldade de locomoção poderá fazer. Lá do alto a vista da Serra Dourada é linda, da vegetação típica do cerrado e das casinhas do centro histórico
Hoje, a Cidade de Goiás é o principal centro histórico do estado. Durante o ano existem várias manifestações culturais como: sarais, jograis, artes plásticas, literatura, arte culinária, cerâmica, serenatas e o grande evento que fica por conta da Procissão do Fogaréu, realizada na Semana Santa.
Assim que chegamos fomos direto para o Mercado Municipal. Edificação de 1926 com lindos arcos, constituiu um ponto de comércio com produtos típicos da região como: artesanato, cachaçarias, docerias até ótimos restaurantes. Em seu interior, há a Praça Vinícius Fleury, onde é possível estacionar e aproveitar o que o Mercado oferece. Um local excelente para passar algumas horas.
A arquitetura das casas, igrejas e ruas de pedras do município já foram reconhecidas como patrimônio histórico da humanidade há alguns anos, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O mercado também integra esse quadro. Ganhou uma linda restauração e ficou um espaço muito especial na cidade. Tanto durante o dia como à noite.
Ponto de encontro de personalidades ilustres da cidade. Seresteiros, violeiros e cantadores se reúnem todo sábado cedo no “Bar dos Artistas” degustando um café caseiro e quitandas saídas do forno.
No Mercado Municipal é possível comer um empadão goiano típico da cidade, ou um pastel da Pastelaria Vila Boa e de sobremesa o famoso Bolo de Arroz da Dona Inês. Esse é o Primeiro da cidade. Não se esqueça de levar uma lembrancinha da cidade. As cachaças é melhor levar de presente para alguém.
Há, duas estátuas de mulheres embaixo de um ipê amarelo. Uma é Cora Coralina, escritora reconhecida mundialmente e a outra é Leodegária de Jesus, uma poetiza brasileira e primeira mulher a publicar um livro em Goiás. Conviveu e trabalhou com Cora na redação do jornal “A Rosa”.
Barriga cheia, fomos andar pela cidade. O ideal é conhecer a cidade à pé. É caminhando pelas ruas de pedra e casas inteiramente preservadas ao estilo barroco que nos remetem automaticamente aos tempos da fundação de Vila Boa de Goyaz. Logo, nos deparamos com a Igreja São Francisco de Paula. Localizada em pequena elevação às margens do Rio Vermelho, construída em 1761. A fachada é simples e durante a Procissão do Fogaréu, o prédio simboliza o Monte das Oliveiras.
Logo abaixo na mesma rua está a Cruz do Anhanguera. Marco da fundação da cidade. O menino Bartolomeu Bueno da Silva acompanhou seu pai, que também se chamava Bartolomeu Bueno da Silva, ao sertão de Goiás, em 1682, onde o velho descobriu fartas minas de ouro. Para encontrá-las, ameaçou os indígenas de queimar seus rios, pondo fogo num prato com aguardente. Foi chamado de Anhanguera (demônio) pelos índios. Quarenta anos depois, o menino tentou refazer o caminho do pai e por aqui ficou.
Do lado da Cruz do Anhanguera está o Cine Teatro São Joaquim, abriga eventos da relevância do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), criado em 1999 e que é, atualmente, o maior festival cinematográfico sobre o Meio Ambiente do mundo. É o teatro mais antigo do Estado.
Em frente à Cruz do Anhanguera, basta atravessar a ponte e estará o Museu Casa de Cora Coralina. É nesta casa que morou, durante a infância e a velhice, Cora Coralina, famosa e importante poetiza e contista goiana. Doceira por profissão, Cora escrevia com riqueza de detalhes sobre Goiás! Uma visita que não pode faltar. Proibido tirar fotos.
Na mesma rua do Museu Casa Cora Coralina, está uma das igrejas mais emblemáticas da cidade e que pode ser avistada de vários pontos da cidade. A antiga Igreja do Rosário dos Pretos foi erguida em 1734, reconstruída em 1934, em estilo gótico, pelos padres dominicanos.
No seu interior, encontram-se afrescos realizados por Nazareno Confaloni na segunda metade do século XX, Precursor do Modernismo no estado de Goiás e fundador da Escola de Belas Artes da Universidade Católica de Goiás.
Vale a pena entrar e admirar a obra deste artista italiano tão talentoso.
Do lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário, está um prédio lindo e bem conservado. É o antigo Fórum da cidade. Hoje funciona como um Centro de Cultura e Memória do Poder Judiciário do Estado de Goiás. Um espaço para visitação, que conta a trajetória do Poder Judiciário desde os primórdios do Sec. XVIII.
Mais alguns quarteirões acima está a charmosa igreja de Santa Bárbara. Vale mencionar também a vista privilegiada que é possível ter dali. Isso porque a igreja se encontra sobre um morro, fazendo com que quem esteja lá, possa ver boa parte da cidade. A vista durante o pôr do sol deve ser linda! Não deu pra gente esperar.
Fundada em 1780 por Cristóvão José Ferreira. A estrutura da fachada foi alterada, dois campanários hoje não existem mais. Diz-se que os degraus da escadaria que dão acesso à igreja eram antes feitos inteiramente em pedra-sabão, porém, atualmente, apresentam-se em cimento. Prepare-se! São cerca de 100 degraus.
Enfim, hora de descer para a praça principal da cidade. Embora esteja localizada no centro histórico da cidade, a Praça do Coreto foi construída no início do século XX e foi alterada diversas vezes. De lá é possível avistar a linda Igreja do Rosário dos Pretos. “Vovó olha que lindo!”
A Praça Dr. Tasso de Camargo, popularmente conhecida como Praça do Coreto é ponto de encontro dos moradores da cidade, especialmente em dias festivos, e está próxima à outros monumentos importantes da cidade. É onde os governadores e coronéis da cidade realizavam discursos e comícios.
O Coreto construído na gestão do prefeito Lincoln Caiado de Castro, em 1923 e foi desenhado por Wiaker Sócrates do Nascimento. Abaixo do coreto existe uma sorveteria, que funciona desde 1952. Parada obrigatória para todo turista. Ali é possível saborear deliciosos sorvetes e picolés de sabores típicos do cerrado. Maravilhosos!! E são bem baratinhos!
Lá também está a Igreja Matriz de Santana, erguida de maneira rudimentar, com muitos momentos de reforma. Ícone da religiosidade local, a Igreja é também conhecida como Catedral de Sant’ana. Construída pela primeira vez em 1743.
Ao lado da Igreja Matriz está o Palácio Conde dos Arcos. Foi ali que morou o primeiro governador do estado de Goiás, que por sinal, foi homenageado com o seu nome. As visitas são guiadas e é possível conhecer sobre ao processo de formação do estado. O jardim do palácio ainda é lindíssimo.
Horário de funcionamento: terça a sábado, das 9h às 17h / domingo, das 9h às 15h
Próximo do Palácio Conde dos Arcos está o Museu de Arte Sacra, que é um museu dentro da antiga Igreja da Boa Morte, com exposições de arte sacras. A sala principal é dedicada às imagens do escultor Veiga Valle.
Pensa que acabou? Que nada. Suba alguns quarteirões e você estará na maior praça da cidade, a Praça Dr. Brasil Caiado. Nela está o Chafariz de Cauda, construído pelos escravos em 1778 para abastecer a cidade, o Museu das Bandeiras, que está no edifício utilizado anteriormente como Câmara e Cadeia, o Quartel do XX , o Colégio Sant’Ana e várias construções lindíssimas.
Depois de caminhar o dia inteiro, uma boa dica é ficar pela praça do Coreto até o anoitecer e sentir como se o tempo parasse. Depois comer uma pizza ou outras saborosas opções da cidade e observar a iluminação noturna que faz com ela fique ainda mais linda. Goiás é deslumbrante. Valeu cada segundo!! Se tiver mais um dia na cidade vá conhecer Buenolândia que dizem ser o Marco Zero do Estado de Goiás. Tem um post aqui no Blog que conto como foi nossa experiência. http://andiamoblogviagens.com.br/buenolandia-o-marco-zero-de-goias/
QUANDO IR PARA A CIDADE DE GOIÁS
Goiás tem basicamente duas estações do ano, a seca e a chuvosa. A melhor época com certeza é na estação seca, nos meses de Maio, Junho, Julho, Agosto e Setembro. É muito raro chover nesses meses e quando acontece é por pouco tempo. Nos demais meses são mais quentes e pode cair em um dia chuvoso. Mas, nada que vá atrapalhar o seu passeio. Em Abril acontece a maior festa da cidade, a Procissão do Fogaréu. Um espetáculo único! Caso queira assistir reserve hotel com bastante antecedência. Carnaval também é outra data que a cidade fica bem cheia.
ONDE SE HOSPEDAR NA CIDADE DE GOIÁS
Entre hotéis e pousadas a cidade não oferece muitas opções de hospedagens. No entanto, tem um excelente hotel 4 estrelas que fica localizado na parte alta da cidade que é muito bom, Hotel Vila Boa, fica um pouco distante do centro histórico, tendo necessidade de usar carro. Outro hotel muito bom e que está em frente a Casa Cora Coralina é o Casa da Ponte Hotel.
Faça suas reservas aqui pelo blog e nos ajude na divulgação. Isso não acarretará nada a mais em suas diárias.
O QUE FAZER NA CIDADE DE GOIÁS
- Museu de Arte Sacra da Boa Morte
- Museu das Bandeiras
- Museu Casa de Cora Coralina
- Museu do Palácio Conde dos Arcos
- Mercado Municipal
- Chafariz de Cauda
- Parque Estadual da Serra Dourada
- Igreja Nossa Senhora D´Abadia
- Igreja Catedral de Sant´Ana
- Igreja Nossa Senhora Aparecida
- Igreja Nossa Senhora do Carmo
- Igreja de Santa Bárbara
- Igreja de São Francisco de Paula
- Igreja Nossa Senhora do Rosário
- Praça do Coreto
- Praça Brasil Caiado
- Mirante João José de Barros
- Centro de Cultura e Memória do Poder Judiciário do Estado de Goiás.
- Cine Theatro São Joaquim
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