Olá viajantes, chegamos em Tirana,
Tirana é a capital da Albânia e é conhecida pela arquitetura colorida das eras otomana e soviética. Os edifícios em tons pastel rodeiam o ponto focal da cidade, a praça Skanderbeg, homónima da estátua equestre de um herói nacional. Na extremidade norte da praça, encontra-se o modernista Museu de História Nacional, que abrange os tempos pré-históricos até à ditadura comunista e às revoltas anticomunistas dos anos 90 do século XX.
Chegamos em Tirana vindo de Dubrovnik, uma cidade encantadora da Croácia. Veja aqui como foi a nossa experiência na cidade: https://andiamoblogviagens.com.br/dubrovnik-a-cidade-mais-linda-da-croacia/
Compramos as passagens ainda no Brasil pelo site da Getbybus. Saímos às 23:00 de Dubrovnik e chegamos em Tirana às 5:30. Pagamos 39 euros por pessoa. O ônibus não era tão confortável. Mas, o motorista era excelente e muito atencioso com os passageiros. A passagem na fronteira foi bem tranquila. Brasileiros não precisam de visto para entrar na Albânia.
Chegamos muito cedo e pegamos um táxi até o nosso hotel que era bem pertinho da Praça Skanderbeg que é onde a maioria das atrações turísticas estão. Deixamos as bagagens e fomos bater perna na cidade. Antes é claro, fomos tomar um bom café da manhã. Coisa fácil de encontrar na cidade. Pois, parece que todo mundo toma café fora de casa.
A Albânia enfrentou décadas cinzentas de muita revolução cultural, ideológica e de muita opressão. Isso tudo liderada pelo ditador Enver Hoxha. Conhecida por seu crescimento desordenado e construções sem cores, hoje a cidade vem ganhando cores e remodelando sua arquitetura. Tirana foi para nós uma agradável surpresa. Assim que chegamos achei tudo muito sujo e feio. Mas, quando começamos à conhecer seus pontos turísticos, sua história e convivendo com os albaneses, nos apaixonamos por essa cidade viva e de povo acolhedor.
É possível conhecer todas as atrações da cidade em apenas 1 a 2 dias. Nós gostamos tanto que ficamos 3 dias e valeu muito à pena. Sem contar que os preços são bem camaradas. A economia é uma das mais fracas da Europa, sendo assim um país barato para fazer turismo. A moeda da Albânia se chama Lek albanês (ALL) e por isso ela é utilizada apenas no país. Nós não trocamos a moeda na cidade, estávamos com euros e em alguns lugares foi aceito e em outros pagamos com cartão de crédito.
A Praça Skanderbeg leva o nome de um herói nacional, cuja estátua é vista logo de cara pelos visitantes, considerado um dos responsáveis por libertar a Albânia dos otomanos. A praça é linda e movimentada durante todo o dia e à noite as pessoas vão pra lá passear, andar de patins, de bicicleta e nos sentimos seguros o tempo todo.
O espaço foi projetado durante o período socialista vivido por Tirana. Entre as construções estão a tradicional Mesquita Et’hem Bey e a Torre do Relógio. A Albânia tem em sua maioria como religião o Islamismo.
Cerca de 40% da população muçulmana, 30% católicos e os demais de outras religiões ou ateus. Mesmo em sua maioria sendo muçulmanos, não vimos pessoas com burcas ou algo desse tipo. Parecem ser mais modernos que em outros países.
É interessante notar que as construções na região da Praça Skanderbeg são grandiosas, bem conservadas, em estilos arredondados, outros retos e com cores neutras como o amarelo, branco e cobre. São bem bonitas e as praças estão bem cuidadas e o povo participa das atividades ao ar livre. É tranquilo e gostoso passear por essa região. Tanto durante o dia como à noite.
Também na Praça Skanderbeg estão o Museu de História Nacional, identificado pelo mosaico nacionalista de sua fachada e pelo seu lindo prédio. Ele é enorme, do outro lado da praça está o Palácio da Cultura que é a sede da Ópera de Tirana e que sempre está em cartaz algo de qualidade.
Notem o piso da praça. Acho que é de mármore. Muito bonito e conservado. Quando chove, com as luzes da praça refletindo, as fotos ficam lindas.
Próximo à praça está a Catedral da Ressurreição que é uma igreja ortodoxa albanesa. É considerada uma das maiores igrejas ortodoxas orientais nos Balcãs. Por todo lado que se anda na praça é possível avistar sua torre com o sino. À noite ela ganha uma bela iluminação.
A Clock Tower como o próprio nome indica é uma torre com um relógio, é um símbolo de Tirana e era a construção mais alta da cidade 200 anos atrás. De seu alto se tem uma bela vista da Praça Skandenberg e da mesquita Et’bem Bey. Não fomos, estava fechada.
Alguns quarteirões depois que se atravessa a praça, se encontra uma mesquita enorme. A Mesquita Namazgjah. É a maior dos Balcãs, com capacidade para 5.000 fiéis dentro e outros 5.000 fora do complexo. Fica perto da ponte Parlamento e Tanners. Após o período de governo comunista, havia apenas 8 mesquitas em Tirana. É interessante ver a antiga Mesquita Ethem Bey e a moderna e colossal Mesquita Namazgah a cerca de 5 minutos a pé uma da outra. Haja fiéis!!!
Seguindo à esquerda da Mesquita, ao caminhar pela Rua Murat Toptani, logo se avista as ruínas da Fortaleza de Justiniano, e a Ponte de Tabak ou Tanner’s Bridge, uma antiga ponte de pedra, construída no período otomanos.
Voltando em região à Mesquita e passando acima alguns quarteirões estará o Bairro Blloku, que deve ser outro ponto visitado por quem está na capital da Albânia. É um bairro bem chique. Até o fim da ditadura, Blloku tinha acesso proibido para população da cidade por ser o bairro onde vivia Enver Hoxha e seus aliados. Inclusive, a exuberante casa do ditador ainda permanece lá. É cheio de restaurantes bons, cafeterias e geleterias. Excelente local para passar o final da tarde.
Voltando um pouquinho atrás da Praça Skandenberg, fomos ao Bunk’Art 2. Um local enigmático com certeza!!! Na cidade existem dois. O de número 1 é maior e mais distante do centro da cidade. Embora menos extenso do que o Bunk Art 1, este está convenientemente centralizado o que permite que seja alcançado mais facilmente.
A visita é obrigatória e imperdível. Transporta-nos no tempo e revela-nos por tudo o que passou o povo albanês para se libertar de um regime que, infelizmente, ainda impera em alguns países.
Um retrato dos horrores da vida sob uma ditadura comunista, incluindo o cerceamento da liberdade, a fome, a tortura e os trabalhos forçados em campos de concentração. Com excelente material que conta a história das forças armadas e policiais do país por meio de instalações artísticas interessantíssimas. O museu fica em um dos milhares de bunkers construído pelo antigo ditador albanês durante a guerra fria. A entrada custou LEK 500 (mar/19) que equivale a 4€. Pagamos em euros mesmo.
Com 1000 metros quadrados, este abrigo subterrâneo foi escondido dos olhos do público até sua recente inauguração em 2015. Construído secretamente de 1981 a 1986, sob o Ministério de Assuntos Internos ao longo da principal avenida da cidade. O objetivo era se esconder caso o país fosse atacado por alguma Bomba Atômica, coisa que nunca aconteceu e nem mesmo foi invadido.
A estrutura subterrânea recebeu o nome de código ‘Objekti Shtylla’ (Pólo de Objetos) para manter sua construção não identificada. Na verdade,este túnel representa uma das últimas parcelas do paranoico ‘projeto de bunker’ de Enver Hoxha na Albânia durante a década de 1970. O movimento envolveu a criação de mais de 700.000 bunkers em todo o país.
Durante a construção do Bunk’Art 2, sua cúpula, que marca a entrada do museu, foi danificada por grupos que o viam como uma “glorificação” da ditadura. A decisão de fazer o Bunk’Art 1 e 2 foi tomada para consolidar seu lugar como parte da memória histórica da Albânia. A viagem por este túnel desmascara o isolamento maluco de longo período de 45 anos.
Cada um de seus 24 quartos conta histórias das perseguições políticas de aproximadamente 100.000 albaneses de 1945 a 1991, a criação de Sigurimi (a segurança do estado) e os meios de perseguição aos albaneses.
A jornada termina bem no boulevard voltado para o sol poente, simbolizando a ideia de que todos os regimes tirânicos acabam eventualmente, no mundo antigo e no nosso. Ver a Albânia se modernizando, cheia de turistas, jovens com roupas modernas e celulares com internet é mesmo uma alegria!!
Sempre que vamos à alguma nova cidade gostamos de conhecer o mercado da cidade. É uma forma de ver como os habitantes vivem. O Mercado de Tirana é uma versão moderna do bazar dos tempos antigos, esta versão higienizada do bazar é muito bem apresentada e cheia de frutas coloridas, legumes e lembranças albanesas.
Toda a área foi renovada, ao seu redor, assim como nas ruas laterais, encontram-se diversos restaurantes e bares, além de lojas de souvenirs. Bem pertinho também está um grande shopping e a rodoviária de Tirana. Foi mais uma agradável surpresa.
QUANDO IR PARA TIRANA
Os meses mais agradáveis para visitar Tirana são Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro e Novembro. Em média, os meses mais quentes em Tirana são Julho e Agosto, e o mês mais frio do ano é Janeiro. Os meses mais chuvosos nesta cidade são Janeiro, Fevereiro, Março, Outubro, Novembro e Dezembro.
O QUE FAZER EM TIRANA
- Praça Skanderbeg
- Mesquita de Et’hem Bey
- Museu de História Nacional da Albânia
- Bunk’Art 1
- Bunk’Art 2
- Novo Bazar – Pazari i Ri
- Palácio da Cultura
- Bairro Blloku
- Catedral Ortodoxa
ONDE SE HOSPEDAR EM TIRANA
A dica é se hospedar próximo a Praça Skanderbeg. Desta forma você não precisará de andar muito para cumprir sua lista de o que fazer. Faça suas reservas aqui pelo blog e nos ajude na divulgação, isso não acarretará nada à mais em suas diárias e terá a possibilidade de encontrar excelentes opções de preços.
Faça suas reservas pelo Booking.com e tenho certeza que dará tudo certinho.
SEGURO
Não esqueça de fazer o seu seguro. Faça a sua cotação aqui e procure um que lhe ofereça uma boa cobertura em assistência médica. Você pode deixar seu seguro viagem mais barato utilizando um cupom de desconto. Com o cupom ANDIAMO5, você garante 5% de desconto na contratação do seu seguro viagem.
Qualquer dúvida entre em contato com a gente. Será um prazer poder ajudar. luci@andiamoblogviagens.com.br Visite nossa página no Facebook: andiamo e nos siga no Instagram: andiamo_blog