Varsóvia,
Em polaco, Warszawa, é a capital e maior cidade da Polônia. Está nas margens do rio Vistula, com uma população de cerca de 2 milhões de habitantes. A história da cidade é cheia de lutas e guerras. Já foi considerada uma das cidades mais bonitas do mundo até a Segunda Guerra Mundial, quando 85% de seus edifícios foram destruídos. Recebeu o título de “Phoenix City” por causa de sua destruição e completa reconstrução após os bombardeios. Varsóvia é internacionalmente conhecida por ter dado o seu nome ao Pacto de Varsóvia e ao Tratado de Varsóvia.
Chegamos em Varsóvia vindo de Bucareste de avião. O voo é bem rápido, menos de 1 hora. Aos desembarcar no Aeroporto de Chopin https://www.lotnisko-chopina.pl/ existe um balcão de informações turísticas, de como chegar ao seu hotel de transporte público, oferecem o mapa da cidade, informações e já vendem o ticket do ônibus e o bom é que se paga no cartão de crédito. Para sair do aeroporto tem a opção de trem, táxi, ônibus, uber ou carro alugado.
Caso prefira fazer os percursos de carro ou queira se deslocar para locais mais distantes, uma boa solução é locar um carro. Faça isso pela Rentcars, ainda no Brasil e fique livre de pagar IOF, já que poderá pagar em reais no cartão de crédito.
Não há voos diretos do Brasil para a Polônia. É preciso fazer conexão em algum país da , Europa. A Polônia possuí uma boa malha ferroviária e Varsóvia está conectada com várias cidades polonesas e europeias. A empresa de trens polonesa é a PKP. Os trens são pontuais, baratos e as estações são novas e limpas.
Assim que descemos do ônibus que nos levou do aeroporto ao centro da cidade, nos deparamos com esse enorme prédio, o Palácio da Cultura e da Ciência, um prédio pouco apreciado pelos poloneses, pois é um símbolo do comunismo, já que foi construído por Joseph Stalin. Ele é visto de vários pontos da cidade, devido aos seus 42 andares. http://www.pkin.pl/ possui um deck de observação, é todo iluminado com vários tons de luzes e possui o relógio torre mais alto do mundo.
Em frente ao Palácio da Cultura e da Ciência, atravessamos a rua e pegamos um tram, (bonde) de número 22, pagamos cerca de 2 reais e o ticket vale para qualquer transporte público com duração de 75 minutos. Descemos em frente ao Hotel. Que na verdade era um pequeno apartamento, muito bem localizado, com shopping, supermercado e não muito longe do Centro Histórico. Sem falar o custo-benefício. Recomendo!
Fizemos as reservas pelo Booking.com e deu tudo certo. Metro Budget Place – Arkadia City Center. Aleja Jana Pawla II 80 suíte D44 – Centro, pagamos o equivalente a 163 reais. Possui uma sala-cozinha, quarto e banheiro. Faça suas reservas pelo Booking.com, através do nosso Blog e nos ajude na divulgação. Isso não acarretará nada a mais em suas diárias.
Descemos em frente ao Arkadia Shopping. Além de amplo, limpo e com muitas lojas legais, o Arkadia Shopping tem uma arquitetura externa realmente imponente. As lojas queridinhas dos brasileiros também encontram-se neste local: Lindt, TopShop, Sephora, Victoria’s Secrets e Hard Rock.
Do lado de fora estava tendo uma linda exposição de fotos. Sensacional!! Excelente localização, pertinho da estação central de trem e próximo a muitos hotéis e pontos turísticos, esse shopping tem um quê de futurista que chama a atenção em seu exterior. Lá comprávamos tudo que precisávamos. Portanto nossa estadia em Varsóvia, saiu muito barato. Isso fez com que nos apaixonássemos ainda mais pela cidade.
Assim que deixamos nossas bagagens, fomos dar uma volta na região e nos deparamos com o Cemitério Wolski. Um lugar calmo, com várias árvores, sepulturas bem cuidadas e antigas. Há dois cemitérios, um ao lado do outro: católico e ortodoxo. É vizinho ao Parque Sowiński.
Com nosso mapa em mãos, era hora de ir ao Centro Histórico ou Stare Miasto Old Town. Por sorte encontramos um morador antigo de Varsóvia que nos deu algumas dicas e nos acompanhou por um período. Nesse prédio acima, era onde os polacos ficavam para serem deportados para os campos de concentração. Ao dizer isso o senhor, chorou e eu também!!
Do outro lado da rua em frente ao Hotel Ibis, está o Monumento aos Caídos e Mortos no Leste. Situado no cruzamento das ruas Muranowska e General Wladyslaw Anders. Comemora as vítimas da invasão soviética de 1939. Esse Monumento fica onde passava o trem com os transportes para os campos de concentração Muitos monumentos da segunda guerra mundial são chocantes, mas esse impressiona.
As cruzes sob um vagão, simbolizando as vidas que se perderam apenas por intolerância. Há, também, um pedaço de trilho onde estão os nomes dos lugares para onde os presos foram deportados para fazerem trabalho escravo na URSS. A partir de outubro de 1940, os nazistas aprisionaram meio milhão de pessoas no bairro judeu tradicional de Varsóvia, que foi cercado com um muro alto de tijolos .Mais de 100.000 homens, mulheres e crianças morreram vítimas da fome e do esgotamento. As demais foram enviadas em sua maioria para os campos de concentração.
Bem pertinho está o Monumento ao Gueto de Varsóvia. É de visita obrigatória porque é importante manter acesa a chama da memória, para que não se esqueçam as atrocidades contra os polacos na Segunda Grande Guerra Mundial. Localizado onde foi o Gueto dos Judeus. A visita ao Museu da Historia Judaica na Europa é de arrepiar.
Depois de despedirmos do nosso amigo, fomos seguindo até o famoso Barbican, fortificação histórica de 1548 que no passado protegia toda a cidade. Se prepare! A região é uma das mais bonitas de toda a Europa. Repleta de bares, restaurantes, artistas de rua, feirinhas e caminhos charmosos.
A muralha era uma proteção para a cidade antiga. Feita em tijolos, pois na região de Varsóvia não havia pedras disponíveis para tal. Foi semi destruída e refeita após a Segunda Guerra. Visitar a Polônia é sem dúvida um aprendizado sobre a Segunda Guerra Mundial.
De dentro das ruelas do Barbican a vista da torre da igreja constratando com as cores de tijolos da fortificação é linda e dá fotos incríveis, principalmente se o dia estiver claro. O aglomerado de turistas é grande.
A Igreja de São Jacinto, fundada pelos dominicanos, seu estilo é uma mistura da arquitetura renascentista e barroca.
Seguindo pelas ruas depois do Barbican, chegamos na Praça do Mercado. Impossível não observar os detalhes das casas cheias de cor. Tudo ali foi destruído na Segunda Guerra e refeito com tamanha fidelidade que em 1980 a UNESCO declarou como Patrimônio Mundial da Humanidade.
Ali se reúnem grupos de amigos que querem bater um papo, vendedores e turistas. Vários pombos e artistas de rua.
Bem no meio da Praça está uma estátua de uma sereia. Lembra a história de um pescador chamado Wars teria capturado uma sereia em suas redes e acabou se apaixonando por ela. A sereia foi capturada por um mercador rico e mau, o pescador a salvou então, ela se tornou humana e adotou o nome de Sawa. Os dois viveram felizes para sempre naquela região e deram origem à cidade WarsSawa – Warsaw – Varsóvia. Lindo né!!!
As ruas são estreitas e quase não tem como tirar fotos que pegue toda a torre da Igreja de San Martin. Igreja criada pela Ordem dos Agostinianos em 1354 e destruída durante a Segunda Guerra Mundial. A igreja era local de discussões teológicos e disputas políticas. Restaurada e hoje é um símbolo da solidariedade na resistência contra o regime comunista.
Finalmente chegamos no Castelo Real. A primeira imagem é da praça, linda e ampla e claro cheia de turistas. Do lado está o Castelo Real. É possível visitá-lo. O site é: https://www.zamek-krolewski.pl/ nesse ponto reserve um bom tempo. Pois, tem muito o que visitar.
Essa é a parte mais antiga da cidade e a que guarda as construções mais charmosas de Varsóvia. um grande prédio de cor meio alaranjada. No passado, serviu de residência oficial dos reis da Polônia e também foi usado como sede do Parlamento
Se não quiser pagar para entrar ou enfrentar a fila para conseguir acessar ao Palácio não se preocupe. A maioria dos turistas fazem isso. É possível visitar suas áreas externas de graça. Foi o que fizemos!
Ali, bem em frente ao castelo, fica a Coluna do Rei Zygmunt, um monumento de 1644, erguido em homenagem ao rei que teve a brilhante ideia de mudar a capital de Cracóvia para Varsóvia. A que está hoje de pé, no meio da praça, é uma réplica. Pois, também foi destruída durante a Segunda Guerra.
A Praça do Palácio Real tem muito o que fazer, os turistas estão por todo lado. Como ainda era cedo estava tranquilo. Durante o verão é um mar de turistas. No inverno fica bem vazia, mas o frio é muito intenso e venta muito.
Uma luxuosa igreja, com interior barroco dourado e belas pinturas no teto. Foi construída no século XV, mas sua estrutura atual é de 1700. A igreja foi danificada durante a Segunda Guerra Mundial, mas não foi totalmente destruída. É possível subir a torre do sino e contemplar uma linda vista para a cidade.
Ainda na Praça do Palácio Real, não deixe de observar o Estádio Nacional de Varsóvia. Edifício moderno e polivalente, que se pode visitar e usufruir sempre que não esteja sendo utilizado.O estádio oferece além das visitas regulares e guiadas, uma série de atividades como tirolesa, pista de skate, pistas de patinação no gelo, diversão para toda a família. O site é: https://www.pgenarodowy.pl/
Mais alguns passos e se chega na Igreja Santa Ana. Ela é considerada uma das mais importantes do país, pois foi ali que o Papa João Paulo II iniciou a primeira peregrinação à sua pátria. Do campanário da igreja se pode ter uma visão privilegiada da Cidade Velha. A igreja está entre os edifícios mais antigos de Varsóvia. Site: https://www.swanna.waw.pl/
A Rota Real é um percurso que os reis faziam, a partir da residência de inverno para se dirigirem aos seus palácios de verão. Este passeio histórico parte da praça do Castelo e percorre os monumentos mais representativos da cidade. As ruas são lindas e cheias de flores, varandas, casas coloridas, várias igrejas e belíssimos monumentos.
Durante o percurso da Rota Real, logo após a Praça do Palácio Real, nos deparamos com monumentos modernos e de gratidão a América.
Continuando nosso roteiro, passamos pela Igreja Visitacionista, uma igreja em estilo barroco tardio, que os turistas apreciam muito, pois Fryderyk Chopin, costumava tocar órgão durante as missas aqui. Os bancos na frente dela tocam músicas de Chopin. Para isto basta apertar o botão, sentar e ouvir.
Nessa caminhada muitas igrejas se sucedem. Mais de noventa por cento dos poloneses são católicos. Numa pequena praça escondida por ali tem um sino marcando o local onde havia um cemitério paroquial. Dizem que dar 3 voltas caminhando ao redor do sino trás boa sorte. Não tentei!!
Chegamos ao Parque Saxon Garden, um parque público de 15 hectares, aberto em 1.727, um dos mais antigos do mundo e foi originalmente projetado em estilo francês, antes de ser alterado para seguir a estética inglesa no século XIX. Estava maravilhoso, todo florido e vale cada segundo nesse local.
Continuando ao longo do calçadão chegamos no Palácio Presidencial, o maior palácio da capital que em 1994, foi transformado na residência oficial do Presidente da República. Localizado na Krakowskie Przedmieście, uma das mais importantes ruas da cidade. Só pode tirar fotos do lado de fora e apreciar a arquitetura do prédio. Em frente da entrada principal tem uma estátua do Principe Jozef Poniatowski em cima de seu cavalo.
Quase em frente à universidade fica a Igreja de Santa Cruz. O Monumento a Nicolau Copérnico, outro polonês ilustre está bem em frente. Foi um matemático e astrônomo que fez uma das descobertas mais importantes para a humanidade. Colocou o sol como centro do Sistema Solar e não a Terra.
As estações de metrô são modernas, assim como a cidade fora da Cidade Velha. Prédios claros e em estilo art déco, barroco claro e outros no estilo arquitetônico soviético. Afinal, a Polônia foi ocupada pela União Soviética até 1991
Em frente ao Palácio Presidencial está um monumento muito visitado. O Monumento ao Soldado Desconhecido.
Esse Memorial Militar é uma homenagem a todos os soldados que deram suas vidas pela Polônia. Construído em 1925 para guardar os restos mortais de um soldado desconhecido, que lutou durante a guerra Polaco-Ucraniana de 1918 a 1919. Soldados guardam o túmulo e sua chama é eterna. Tem a troca da guarda. Mas, não tivemos a oportunidade de ver.
A Polônia foi o país que mais sofreu com a Segunda Guerra Mundial. Falam em 6 milhões de poloneses mortos. A história desse massacre e da brava resistência polonesa é contada em vários museus e monumentos da cidade.
Logo em frente a tantos monumentos significantes, está a estátua do marechal Józef Pilsudski, militar polaco e estadista considerado herói nacional. Ele sempre lutou pela independência da Polônia, que foi então dividida entre a Rússia Czarista, o Império Austro-Húngaro e a Prússia. Após a Primeira Guerra Mundial, foi nomeado chefe de Estado.
Já quase no final do dia fomos ao Museu Polin, o museu que conta a história dos judeus poloneses. Localizado no antigo Gueto de Varsóvia. O Museu foi inaugurado em 2013 e em 2016 já ganhou o título de melhor museu da Europa. Apresenta uma exposição multimídia sobre a comunidade judaica que floresceu na Polônia por mil anos. até o Holocausto da Segunda Guerra Mundial. Visite o site:https://www.polin.pl/pl
TRANSPORTE PÚBLICO DE VARSÓVIA
Possui excelente serviço de metrô, ônibus e bondes. A passagem custa cerca de 2 reais e pode ser usada por 75 minutos. Taxis são baratos. Do aeroporto para o centro é possível ir de ônibus. Uber também funciona muito bem. Para quem gosta de utilizar os ônibus Hop-0n Hop-off, aqueles ônibus vermelhos de dois andares em que você pode subir e descer quantas vezes quiser, é possível também. No entanto ele não entra no Centro Histórico.
QUANDO VISITAR VARSÓVIA
Existem quatro estações, sendo o verão úmido e quente e a cidade fica lotada de turistas. O inverno é rigoroso e caso goste de andar a pé, se prepare, porque é muito frio. Melhor época é entre abril e outubro. Julho e Agosto é alta temporada e os preços podem subir.
O QUE FAZER EM VARSÓVIA
- Castelo Real de Varsóvia
- Coluna de Zygmunt
- Basílica de São João Batista
- Igreja da Nossa Senhora das Graças.
- Praça do Mercado
- Muralha de Varsóvia
- Pequeno Insurgente
- Barbakan
- Monumento aos Insurgentes
- Jardins de Zahrada Krasinských
- Monumento dos Heróis do Gueto
- POLIN, o Museu da História dos Judeus
- Palácio de Krasinski
- Palácio da Cultura e Ciência
- Museu do Levante de Varsóvia
- Monumento Nicolau Copérnico
- Centro de Ciências Copérnico
- Museu Frederic Chopin
- Museu Nacional de Varsóvia
- Parque Lazienki
- Parque Saxon
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