VENDA NOVA DO IMIGRANTE – FESTA DA POLENTA

Festa da Polenta em Venda Nova do Imigrante,

A Festa da Polenta é  uma festa realizada na cidade de Venda Nova do Imigrante, no Espirito Santo no bairro Santa Cruz,  sempre na primeira e segunda semana de Outubro (durante 8 dias no total). Todo ano, a preparação para a festa começa em Março, com o Plantio do Milho, no Sítio Lorenção. Em julho, acontece a Serenata Italiana pelas ruas da cidade, No mês de Setembro ocorre a Colheita do Milho e finalmente em Outubro, começa a festa.

Chegamos em Venda Nova do Imigrante vindo de Vitória que está distante 122km. A rodovia ES-262 é  cheia de curvas e bem perigosa. Se faz o percurso em 2 horas. Entre Vitória e Venda Nova do Imigrante está o famoso Parque da Pedra Azul, que é lindíssimo e vale a pena uma visita.

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Idealizada por padre Cleto Caliman, o primeiro evento foi mais uma reunião entre famílias para um grande almoço que aconteceu em 1978. Padre Cleto tinha o olhar inquieto pedia inovações. Indicando o caminho, ele pediu que os seus pupilos levassem o Socol para a Festa da Polenta. Foi criado o Bazar do Socol, abrindo as portas para que outros produtos típicos  ganhassem fama .

Venda Nova do Imigrante é referência em todo o País como o berço do Agroturismo. Modalidade de turismo rural que associa a vivência do cotidiano agrícola ao lazer, à visitação e a valorização do meio ambiente. Algumas iguarias encontradas durante as visitas às propriedades são o Socol  de carne de porco, o Limoncello, o queijo tipo Resteia, a Puína (ricota cremosa), a Grappa, a Caponata. Outros produtos são café Arábica, cachaça, doces, geleias, biscoitos, vinho, fubá de moinho de pedra, artesanatos e flores.

Já na rodovia próximo a cidade de Venda Nova do Imigrante o turista se depara com uma gigantesca faixa, “Festa da Polenta”, faixa enorme entre uma montanha e outra no meio do céu da cidade. A faixa, chama a atenção de quem passa por lá e provoca curiosidade. Acreditem!! Ela é iluminada!

40 anos de História, 40 anos de voluntariado, 40 anos em prol do bem coletivo. Idealizado pelo saudoso e visionário Padre, a Festa da Polenta continua com os mesmos princípios de 1978: manter vivo a cultura italiana, a união entre as famílias, a solidariedade, a religiosidade e a doação através do voluntariado.

Para medir a importância do momento, basta observar as pessoas se mobilizando para assistir. Elas sobem nas cadeiras e disputam um espaço para olhar ou fotografar, criando uma grande vibração e gerando uma grande energia no Centro de Eventos. Depois que a polenta é retirada e o panelão perde parte do calor, os voluntários retiram a casca da polenta, que é distribuída para o público.

A polenta do tombo vai para a cozinha e é servida para o público da Festa. Foi essa mesma receita de polenta, hoje uma grande estrela da gastronomia local, que alimentou os colonizadores italianos nos primeiros anos em terras capixabas.

A Festa, além de proporcionar  união, cultura e solidariedade entre a comunidade, o objetivo de reverter o que arrecadam na própria comunidade, vem sendo atingido a cada edição.

Toda a arrecadação é revertida à Comunidade com total clareza e divulgado a cada nova festa.

A casa da Nonna relembra a arquitetura das antigas casas da época da imigração, feita de madeira, dois andares, telhas de barro e espaçosa. Na cozinha da casa é onde são preparadas as receitas à moda antiga: polenta cortada com linha, polenta frita no fogão à lenha, linguiça frita, o cafezinho, e demais delícias. Na sala as Nonnas fazem bordados, crochê e batem papo. Outros espaços da casa é o quarto da Nonna com móveis da época e no exterior o ‘spiover’, o ‘puxadinho’ da Nonna. Localizada logo na chegada do Centro de Eventos, é uma visita obrigatória antes de se divertir no agito dos três galpões.

O pão quentinho feito na hora é um dos atrativos do ‘Spiover da Nonna’, que no dialeto quer dizer Puxado da Nonna. Mulheres com vestidos floridos, aventais, lenços e outras indumentárias lembram com suas vestes, palavras e receitas o bom aconchego da cozinha da Nonna. Funcionando desde 2012 num espaço anexo à Casa da Nonna, o Puxado relembra as delícias produzidas que tornavam mais gostosos o café da manhã ou da tarde. Também têm as receitas para aquecer as noites frias, como a minestra, que é o macarrão caseiro com caldo de feijão.

No Paiol no Nonno são relembrados outros costumes como a fabricação de melado a partir do caldo de cana, moagem da cana com engenho tocado à força animal (boi), forno de assar pães e biscoitos, e o tradicional baile de ‘tuia’ onde forró não falta.

O Paiol do Nonno recria o passado ao reproduzir no ambiente da Festa da Polenta um pouco do dia a dia da vida rural, em especial a rotina dos homens trabalhando na roça e no entorno da casa da família.  Além de utensílios, ferramentas e diversas peças antigas, o espaço oferece delícias da culinária típica, como torresmo, caldo de cana e diversas porções

No Paiol do Nonno estão armazenados os milhos plantados, cultivados e colhidos para fazer a polenta da Festa. Eles enfeitam o ambiente e estão por lá para quem quiser experimentar o debulhe. Basta dar uma passadinha por lá. Ferramentas como machado, grupião, foice e cangalha faziam parte da rotina de antigamente e hoje adornam e contam um pouco da história do lugar. Expostas no Paiol do Nonno, essas e outras ferramentas encantam pela funcionalidade.

Os voluntários, muitos Nonnos acima dos 70 anos, demonstram para os visitantes como funcionam várias ferramentas e equipamentos. Eles exibem toda a sua habilidade em fazer caldo de cana (ao vivo no engenho tocado a boi) e ainda a bebida se transformar em açúcar mascavo.

Uma Vila Cenográfica na praça de alimentação leva o público da Festa da Polenta para uma viagem no tempo. Portas, janelas e varandas de verdade compõem o casario de 360 metros quadrados de construção, com 12 fachadas de casas e uma torre de igreja.

Dentro do Centro de Eventos, o Armazém da Polenta funciona numa edificação especialmente projetada para esse fim. Com uma fachada que faz a releitura de uma venda antiga que ainda existe na Fazenda do Centro, em Castelo. O espaço também reaproveita balcões e peças antigas de casas comerciais para que o público entre no clima nostálgico das primeiras  imigração italiana. Localizada ao lado do Puxadinho da Nonna, o Armazém abre suas portas durante a programação diurna da Festa para vender os souvenirs do evento. Boinas, chaveiros, taças, canecas e xícaras estão entre as peças alusivas à cultura do imigrante italiano e à Festa da Polenta

O Desfile da Eleição da Rainha e das princesas da Festa da Polenta acontece sempre na noite de sexta-feira, no primeiro dia da programação. Para manter a lisura do processo, uma equipe à parte da organização do desfile escolhe os jurados, todos sem ligação familiar com as candidatas.  O Desfile da Eleição da Rainha e das princesas da Festa da Polenta acontece sempre na noite de sexta-feira, no primeiro dia da programação. Todo ano a disputa é animada.

Durante a programação, tem um momento muito especial que é o Desfile das Famílias em  carros  antigos. Mas, não são só carros antigos, tem muito trator, caminhões antigos, bicicletas e até carros movidos a pedal. As famílias se organizam e enfeitam seus veículos para fazer um belo desfile. A população aprecia muito, na frente é claro! vão a Rainha e as Princesas.

Andar pelas ruas, lojas e hotéis de Venda Nova do Imigrante, a qualquer momento se depara com móveis e utensílios antigos e muito bem preservados da cultura italiana.

Um importante produto de gastronomia está cada vez mais próximo de se tornar marca registrada do município. Os processos que solicitam Indicação Geográfica (IG) do Socol de Venda Nova está em fase de finalização no Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

Na entrada da propriedade, na Tapera, uma ala florida e cercada de plantio de lichia e outras flores convida os turistas para conhecerem um povo simpático, que gosta de viver e receber bem os visitantes.

O Socol representa o sabor e a história dos imigrantes italianos de Venda Nova. A família Lorenção, uma das pioneiras na produção em escala comercial, mantem o modo artesanal na preparação. Tudo começou com dona Cacilda Lorenção, que preparava a especiaria para presentear ou receber a família. Ela aprendeu  a receita com os avós e passou para os filhos e netos.

O segredo está no preparo. Depois de temperado, com sal pimenta e alho, o lombo é envolvido em uma membrana (Peritônio do Porco) e enrolado em uma rede elástica. Para finalizar, a carne é passada na pimenta-do-reino, que serve como um repelente natural.

Depois disso, é armazenado na sala de maturação, levando cerca de seis meses para curar e ficar pronto. O nome é Lorenção mesmo, kkkk na verdade seria Lorenzo, mas o tabelião escreveu errado e assim ficou!! Fiquei curiosa e perguntei.

Como se fosse insuficiente comer, dançar e cantar como os primeiros das gerações seguintes de imigrantes italiano, em Venda Nova, a comunidade também aprecia se vestir de forma semelhante para festejar toda herança cultural deixada por eles. E é assim na Serenata italiana, que acontece sempre no mês de julho, dentro do calendário anual da Associação Festa da Polenta a Afepol. Para participar da Serenata Italiana fique de olho na data marcada. Entre no site da Festa da Polenta http://www.festadapolenta.com.br/  não esqueça  das indumentárias: tiaras de flores, suspensórios, boinas e taças para degustar um bom vinho de Venda Nova do Imigrante.

O QUE FAZER NA FESTA DA POLENTA

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QUANDO IR A FESTA DA POLENTA

A Festa da Polenta é dividida em várias etapas e todas tem o seu charme. Claro que a melhor parte é a Festa em si, que ocorre em outubro. A primeira etapa ocorre em Março, com o Plantio do Milho, no Sítio Lorenção. Em Julho, acontece a Serenata Italiana pelas ruas da cidade, Setembro ocorre a Colheita do Milho

ONDE SE HOSPEDAR EM VENDA NOVA DO IMIGRANTE

Encontrar bons hotéis na região não é difícil, vários deles estão voltados  para o Agroturismo. Ficamos em uma pousada sensacional, um casarão com mais de 100 anos e que ainda está com a mesma família. A pousada Benaflo.

O local pertence a família a mais de um século, é uma verdadeira história da imigração italiana em terras capixabas. O local é muito confortável, o café da manhã é maravilhoso, servido em uma mesa grande com todos os hóspedes, juntamente com o proprietário.

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